sábado, 13 de maio de 2017

Uma foto extraterrestre!

Pois bem!

   Voltei para falar de um assunto nada relacionado ao gadgets (ou talvez sim, se o povo da NASA considerar que suas sondas espaciais sejam - e são - gadgets) nem aos computadores (talvez sim, se o povo da NASA considerar que as sondas sejam - e são - computadores) nem aos mobiles (talvez sim, se o povo da NASA considerar que os Rovers sejam - e são - móveis)... Enfim, não tem jeito, sempre volto ao mesmo assunto 😒

   A foto que está no fundo da tela do blog é bem antiguinha. Foi tirada em 2005, na cratera Gusev, mostrando um por do Sol.


   Não tem boa resolução nem foi tirada por ninguém famoso. O "tchan" dessa foto é ter sido a primeira foto de um por do Sol visto de outra perspectiva: vista de outro planeta! Sim, a cratera Gusev fica em Marte e a foto foi tirada pelo Rover Spirit, em seu 489o sol (ou dia marciano). Detalhes técnicos da foto (detalhes da câmera, tipos e características dos filtros utilizados, etc) podem ser obtidos diretamente no site do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (https://goo.gl/KHStgB), responsável pelo controle do Spirit e dos Rovers que estão em Marte.


   Essa foto, pelo menos para mim, faz refletir sobre a nossa insignificância no Universo, mostrando que somos realmente apenas um pontinho azul pálido no espaço (https://goo.gl/FYW3zG). Lembro também de um trecho, já no finalzinho do filme Blade Runner (https://goo.gl/bTf2h1), quando o andróide Roy Batty, interpretado por Rutger Hauer, contava para Rick Deckard (Harrison Ford), sobre as coisas que ele viu e que nenhum homem havia visto. Esta foto enquadra-se exatamente aqui: até hoje, nenhum homem viu um por do sol, ao vivo, diretamente, de outro planeta.


   Este aspecto da foto, sobre a luminosidade difusa do Sol no céu marciano, só é possível em outro lugar do Sistema Solar: na Terra. Dos outro planetas: Mercúrio não tem atmosfera, ao menos não significativa; Vênus, ao contrário, tem uma atmosfera tão densa que não se pode ver o Sol (todo dia lá é um dia nublado); Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são gigantes gasosos, ou seja, não têm um solo (não como imaginamos). As luas não tem atmosfera significativa (exceto Titã, lua de Saturno, que tem uma densa atmosfera de metano e se comporta, na perspectiva da foto, como Vênus, exceto que o Sol seria um pontinho luminoso bem mixuruca). Sim, apenas da Terra e de Marte, em todo o Sistema Solar, temos um visual como esse...


   Outras fotos tiradas pelos Rovers da Nasa são deslumbrantes e de tirar o fôlego também, como as que se seguem:



   Nesta última foto há um pontinho luminoso, bem fraquinho, no céu marciano. É a "estrela vespertina" deles... Se dermos um bom zoom na foto, será visto isso:


   Se fosse uma sexta-feira, quantos pontos no céu a mais eu precisaria para começar o Shabat marciano??😄

   Espaço, planetas, física e computadores estão entre as coisas que mais me fascinam, realmente.

   Nos EUA existe o hábito de se apresentar ciência às crianças desde pequenas, a partir da idade que consigam compreender um pouco de abstração. É comum as grandes universidades e os grandes nomes da ciência apresentarem eventos aos pequenos para instigar a curiosidade, explicar fenômenos básicos de física e química e atrair jovens cérebros para a ciência. Um cientista que soube fazer isso com maestria foi o falecido Carl Sagan. Entre os jovens que ele "capturou" para a ciência está Niel deGrasse Tyson.


   No início da década de 1980, a Rede Globo apresentou, aos sábados de manhã, o seriado "Cosmos", apresentado por Carl Sagan. Lembro de ter meus 7-8 anos e assistir a todos os episódios e ficar fascinado sobre tudo o que era falado!



   Sobre esses assuntos, recomendo as seguintes séries (que devem ser mostradas e explicadas aos vossos filhos, ainda pequenos):



   - Cosmos, com Carl Sagan (https://goo.gl/HvWA7e);



   - Cosmos, com Niel deGrasse Tyson (https://goo.gl/RJTI00);



   As séries "How the Universe Works", "The Universe", "Wonders of the Universe", "Into the Universe with Stephen Hawking", dentre outras séries e documentários disponíveis (inclusive no YouTube), ajudam a completar uma compreensão excepcionalmente boa acerca do funcionamento do Universo em uma linguagem compreensível e didática para o público leigo em geral.


   Enfim, viajei mais que as Rovers, mas, em se tratando de espaço, planetas e afins, fico muito empolgado!

   Até a próxima postagem!